Formação continuada em serviço e as Tecnologias Digitais de Informação e Conhecimento por David Junio

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FONTE: http://pssika2010.blogspot.com.br/2010/09/volta-as-aulas.html
De acordo com a imagem acima as TDIC’s (Tecnologia Digital da Informação e Conhecimento) vem avançando a passos largos e a cada dia se aperfeiçoa para atender as demandas de uma sociedade que caminha para a pós-modernidade. Estas tecnologias chegam às escolas para melhoria da qualidade do ensino e principalmente para deixar as aulas expositivas de lado. Entretanto, os professores não conseguem acompanhar estes avanços e apesar de possuir os recursos, ainda continuam numa educação com perspectiva bancaria. O que ocorre para que apesar de possuírem vários recursos tecnológicos os docentes continuem com as aulas expositivas?
Apesar dos avanços tecnológicos em uma sociedade da informação, boa parte dos professores continuam com aulas expositivas devido a falta de conhecimento na utilização destas tecnologias dentro da sala de aula, resultado da ausência de uma formação continuada em serviço.
 Almeida  (2005) afirma, que se faz necessário que os professores estejam ingressados em programas de formação continuada e desenvolvam habilidade e competências para o uso destas TDIC’s  em suas práxis. Já Barros (2009) contribui que as habilidades e competências exigidas por essas tecnologias, são decorrentes das demandas educacionais atuais. Porém, Levy (1997) alerta que tais recursos não podem ser usados de forma incoerente, propondo apenas a utilização sem fins educacionais, como também Almeida (2000) afirma que é de extrema relevância a utilização das TDIC’s como ferramenta que possa contribuir para o ensino-aprendizagem do aluno de forma significativa e não como uma ferramenta de transmissão de informações. Por fim, Freire (1992) traz que apesar da relevância do uso das TDIC’c os docentes que não a utilizam e que utilizam de forma adequada,  não podem à considera-la como demonologia e nem a diviniza-la.
Na era da informação, sociedade contemporânea ou pós moderna a qual vive se hoje, as escolas passam por mudanças as quais os professores devem mudar a sua forma de ensinar de “donos do saber” para ser o elemento essencial no processo de mediação no aprendizado do aluno, em que a sua função sai de detentor do conhecimento e torna-se um professor mediador ou de espantos[1].Mas, infelizmente a realidade é outra, ao qual muitos professores utilizam essas ferramentas sem nenhum propósito educativo. Assim, a fragilidade da formação ou ausência desta, prejudica ao se trabalhar com as TDIC’s, visto que consequentemente esta dificuldade pode gerar uma subutilização ou uso inapropriado destas tecnologias como recurso de ensino-aprendizagem.
Segundo Levy (1997) a tecnologia tem múltiplos conceitos e significados, com diversas concepções favoráveis e desfavoráveis, podendo ser utilizadas para o bem ou mal, contudo tais recursos presentes no cotidiano escolar, necessitam da mediação do professor para que instigue o aluno a utilização, de forma que a mesma possa contribuir para o seu ensino-aprendizagem.  
Nesta perspectiva o professor, frente às demandas educacionais exigidas pelas TDIC’s necessitam reconhecer as potencialidades que estas ferramentas podem trazer para a aprendizagem do aluno e a inovação para a sua própria aula, tornando-as mais atrativas, como afirma Zabala (1998) que a inovação da prática educativa, gera novas habilidades na explicação de conteúdos.  
O professor deve aprender a lidar com as novas tecnologias, para que possa adquirir informações necessárias através da formação continuada, e o mesmo dentro da sala de aula possa filtrar estas informações e repassar aos alunos, visto que as informações já se encontram na mídia e os discentes tem livre acesso a elas.
Os recursos utilizados, como televisão, vídeos, internet, celulares, aplicativos, computadores e entre outros, vem chamando a atenção, nas salas de aula e assim facilitando a aprendizagem dos discentes, tornando se aulas significativas para seus conhecimentos. Pensando assim, as TDIC’s podem confluir no processo de ensino tornando o aluno ativo na busca de conhecimento, sendo que ele deixar de ser receptor de informações para se tornar construtor de seu próprio conhecimento.
Vale ressaltar que tais fenômenos educacionais só se faz presente, frente à formação continuada em serviço do professor, está que dará subsídios para planejar/executar uma aula com o uso dessas ferramentas de forma significativa. Para Almeida (2003), as práticas educativas com o uso das tecnologias possibilita interligar a realidade do aluno com o mundo. Tecnologia e educação se confluem de modo que ambas juntas possibilitem ao discente/professor uma gama de informações, habilidade e competências para entender as problemáticas atuais.
Deste modo, o conhecimento técnico-pedagógico que o docente necessita ter para a utilização das TDIC’s como recursos educativos, e não simplesmente como objetos tecnológicos reprodutores de informações, que servem de suporte para a alienação dos discentes, resultará da formação continuada do professor, ao qual Vasconcellos (2004) apresenta que é de extrema relevância que o professor deve ter uma boa formação, sendo assim, além de uma formação inicial bem estruturada, o mesmo precisa buscar dar continuidade em sua formação, visto que há uma complexidade e dinamicidade no ato de ensinar que muda com o passar dos tempos.
Existem alguns programas que tentam inserir as novas tecnologias na sala de aula, a exemplo do (ProInfo) Programa Nacional de Tecnologia Educacional, um programa criado pela Portaria nº 522/MEC, em 9 de abril de 1997, para promover a utilização do uso da TDIC’s nas escolas de ensino público fundamental e médio.
Segundo ( MORAN, 2000) é indispensável o uso dessa ferramenta na elaboração de pesquisa, a qual facilita  e proporciona uma agilidade em meio a comunicação entre alunos e professores, tanto presencial ou a distância. “A internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que pode nos ajudar a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensino e de aprender” (MORAN, 2000). Sendo que os alunos são instigados por aquilo que é novo para eles e estas ferramentas podem aumentar a sede do conhecimento, pois os mesmos irão querer aprender a utilizá-las. Cabe ao professor nesse processo, buscar estratégias para emprega-las como ferramenta de promoção da aprendizagem.
Por tanto o uso das novas tecnologias em sala de aula, na sociedade contemporânea é indispensável para a aprendizagem significativa dos discentes, os quais vivem a era da informação, digitação, digitalização. Sendo que os recursos já citados acima são facilitadores para a assimilação do conteúdo exposto pelo professor, sendo ele o mediador do conhecimento.



 REFERÊNCIAS

     

ALMEIDA, M. E. B. Proinfo: Informática e formação de professores. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed. 192p. – (Série de Estudos. Educação a Distância. INSS 1516-2079; v.13). 2000.
                                      

_________. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 29, n. 2, jul./dez. 2003.

_________. Prática e formação de professores na integração de mídias. Integração das Tecnologias na Educação/ Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2005. 204 p.; il.

BARROS, S.; CAVALCANTE, P. S. Os recursos computacionais e suas possibilidades de aplicação no ensino segundo as abordagens de ensino aprendizagem. Anais do Workshop Internacional Sobre Educação Virtual: Realidade e desafios para o próximo milênio. Fortaleza: UECE, 1999.

FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

LEVY, P. As tecnologias da inteligência. São Paulo: Ed. 34, 1997.

MORAN, José Manoel. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógicas. Campinas, Papirus, 2000.

VASCONCELLOS, C. dos S. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. 5. ed. São Paulo: Libertad, 2004.

ZABALA, A. A prática educativa. Como ensinar. Trad. E. F. Rosa. Porto Alegre: ArtMed, 1998.





[1] Rubem Alves: Professores que instiguem a curiosidade do aluno em ir em busca do conhecimento.

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