A sala de aula mudou | por Rodrigo Lima
Como enxergamos a sala de aula nos tempos atuais?
Será que nossos alunos são os mesmos? 
A educação não é um problema, nunca foi, é solução para o futuro. Nossos estudantes de hoje possuem o mundo na palma da mão, mas as escolas ainda estão paralisadas no século passado. Desconectadas das novas ferramentas, as escolas estão cometendo erros graves e pondo em risco o futuro do mundo.
Para os leitores deste post que não são professores o meu texto pode não fazer sentido ou até mesmo parecer exagerado, mas garanto que não é. A educação é responsável pela transformação nas relações sociais, econômicas, culturais, entre outras, e a sua desvalorização provoca catástrofes imensuráveis no cotidiano do mundo.
A lente pela qual enxergamos o mundo e seus arranjos sociais está diretamente ligada na qualidade da educação. Quando proponho a palavra qualidade, de maneira alguma refiro-me somente às estruturas materiais. Vai muito mais além desse quesito.
É óbvio que um ensino de classe A perpassa pelo entendimento de estruturas físicas à disposição dos alunos. Como à exemplo de laboratórios, recursos multimídia em sala, espaço de lazer, professores qualificados e outros elementos semelhantes. Mas a realidade em que a maioria dos países vivenciam é completamente diferente da que acabei de relatar neste parágrafo.
A maioria das escolas no mundo estão em estado precário. Falta desde coisas simples à elementos essenciais, como por exemplo professores. Países Africanos, Latinos ou todos aqueles que não compõem os chamados "desenvolvidos", estão à margem do conhecimento e longe o bastante das oportunidades de transformações reais em suas sociedades.
"Professores podem ser substituídos por uma máquina.
E o que pode ser substituído por uma máquina deve ser substituído"
Sugata Mitra - Campus Party 2012, em São Paulo
O cientista educacional Sugata Mitra, há algum tempo, tenta demostrar com seus experimentos que o futuro da educação está na auto-educação. Em outras palavras, a auto gestão do conhecimento é a essência do modelo educacional do futuro. Os estudantes estão, cada vez mais, conectados à uma rede de informações que só aumenta à cada segundo.
Cabe as escolas e aos professores destas gerações do futuro reformularem seus métodos e modelos de ensino para uma adaptação à essa nova realidade. Uma realidade que exige mais auto-educação do que o tradicionalismo modelo de ensino incoerente com os novos padrões.
O professor que não mensura o impacto das redes sociais no cotidiano de seus alunos está obsoleto. O professor que não utiliza de ferramentas tecnológicas em seu planejamento de aula está obsoleto. A escola que se exclui das novas formas de compartilhamento e gestão educacional está ultrapassada.
Há 15 anos atrás ninguém imaginaria que chegaríamos em um tempo onde a internet seria a maior provedora de aprendizagem do mundo, ultrapassando a própria escola como instituição na qual conhecemos. Mas hoje ninguém tem dúvida dessa realidade, só os que ainda insistem em não ver o óbvio.
Praticamente tudo pode ser ensinado e aprendido com a internet. Quer um exemplo? O YouTube, que todos nós conhecemos, é um dos maiores provedores deste conhecimento. Cada vez mais estamos deixando de ler para assistir como forma de aprendizado. O site mais usado para pesquisa chama-se Google, o maior provedor de pesquisas do mundo.
Não precisamos mais ir à uma biblioteca e buscar nas enciclopédias os termos e conceitos que temos dúvida ou gostaríamos de conhecer. Hoje é possível fazer isso em apenas poucos segundos, com uma vasta gama de resultados, que também podem ser filtrados de acordo com suas preferências de busca. Incrível não?
E como pode ainda existir educadores e instituições de ensino que não reconhecem o poder destas ferramentas na educação? Não existe nenhuma lógica em acreditar que essas novas formas de interação com o mundo e com as pessoas não chegasse na sala de aula.
Mesmo que ainda existam salas de aulas físicas com espaços geográficos limitados e paredes que enclausuram os estudantes como um regime prisional, não tenha dúvida de uma coisa, esse modelo está falido. E junto com ele estão os professores e as instituições que insistem em permanecer no passado. Nos próximos posts mostraremos exemplos do uso de ferramentas como o Google, YouTube, Skype e outras, dentro da sala de aula. Veremos como é fácil e incrível aprender na nuvem.
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